A vida cotidiana tem muito a nos ensinar sobre conteúdo rico e marketing de conteúdo. Quer ver só?
Algumas experiências do dia a dia e a forma como nos comportamos podem se relacionar diretamente ao marketing de conteúdo e a criação de conteúdo rico. Entender quem somos – e com quem nos comunicamos – é essencial para atribuir valor na vida desta pessoa e, só então, linkar o produto ou serviço de uma empresa com sua necessidade.
Um marketing mais humanizado é sim possível, e é olhando para nosso cotidiano que entendemos como a abordagem do conteúdo rico pode ser mais funcional, gerando valor para a empresa e cliente. Confira 6 lições do dia a dia que se conectam à estratégia de gerar conteúdo e mostram como ela é relevante para o prospect:
1) Pessoas compram jornais pela informação e não pela publicidade
Se você vai interromper uma pessoa é bom que tenha pensado em algo bem legal em troca de seu precioso tempo. As pessoas leem jornais, veem televisão e andam nas ruas porque todas essas atividades atribuem algum valor na vida delas e, não, esse valor não é a publicidade.
Claro que do ponto de vista da empresa a publicidade é essencial, mas tentar fazer com que uma pessoa seja obrigada a lidar com ela sem receber nada em troca é um pensamento raso. O marketing de conteúdo capta bem essa ideia e oferece algo em troca do tempo que as pessoas dispendem.
O conteúdo rico poderá ajudá-las em seu dia a dia e, aos pouquinhos, estas pessoas vão entrando na história da empresa e compreendendo a utilidade do produto que ela oferece.
2) Gostamos das coisas pelo que elas representam para nós
As pessoas doam dinheiro para caridade, se sentirem confiança, inclusive podem comprar balas no farol para ajudar alguém vulnerável. Mas pessoas não compram carros, casas, serviços de seguro ou um detector de metais se aquilo não tiver uma aplicação real em suas vidas.
O conteúdo rico tem a intenção de mostrar exatamente como o produto que a empresa oferece teria essa aplicação real na vida daquela pessoa. Por que, afinal, o dinheiro gasto não seria por uma inutilidade. Essa mensagem pode exigir tempo e recursos que a abordagem comum jamais poderiam dispender, mas que são risórios pelo meio digital.
3) Somos seduzidos por qualidade
Pessoas valorizam qualidade. Geralmente, compra a marca de arroz mais barata quem não puder realmente gastar um pouco mais para comprar as melhores marcas, mas quem faz o arroz sabe que um deles é mais soltinho e, entre outras vantagens, cozinha mais rápido.
Toda a qualidade e segurança é valorizada por nós. Queremos o que é bom, o que nos dá conforto e segurança. O conteúdo rico é uma forma da empresa mostrar porque ela possui esses atributos e como é seguro comprar com ela. Se o consumidor ainda não se relaciona com a marca, o conteúdo rico é a chance da empresa começar a construir isso.
4) Há objetos que pensamos mais antes de nos desfazer deles
Há objetos que nos fazem avaliar mais antes de nos desfazer deles ou serviços com mensalidades que não pensamos em cancelar. Geralmente estes objetos possuem algum valor de encanto porque eles nos dão não apenas sua aplicação, mas nos conectam a uma experiência diferente.
Às vezes há algo que nós mesmos percebemos de diferente ou então esse valor é comunicado para nós de forma que entendemos essa mensagem. O que eles têm é uma capacidade intrínseca de criar conexão.
O marketing de conteúdo é totalmente focado nisso: em criar essa conexão. O produto é entendido como “um contorno” daquela experiência sendo gerada. Por isso, ao focar no cliente, o marketing de conteúdo acerta em mostrar o que há de encantador no produto e que pode se conectar diretamente com cada persona envolvida.
5) A relação é algo que importa em nossas decisões
A forma como alguém nos aborda pode tanto criar interesse como rejeição. E rejeição, meu amigo, é fogo! Você já foi mal atendido por uma empresa? Sim? Bem, na verdade, podemos tanto ser mal atendidos por pessoas específicas dentro da empresa, como pela abordagem comum adotada como “política” da empresa.
Fato é que não importa se é a marca ou uma pessoa, muitas vezes deixamos de comprar naquela empresa, cancelamos serviços, abrimos reclamações no Procon, ou no Facebook, em tempos modernos, que embora menos produtivas no ponto de vista legal, pode impactar muitas pessoas a não comprarem em uma empresa.
Se você está em um relacionamento abusivo o caminho natural é querer sair dele. E muito desse abuso se reflete na leitura que um cliente faz de uma abordagem no estilo “Cold Call”.
No conteúdo rico, a relação é talvez o aspecto mais importante. Ela é pensada o tempo todo para poder “chegar junto” ao cliente, mas de forma positiva. Ele é quem sinaliza se quer avançar na relação e tanto respeito garante que a venda é convertida ou o cliente sai, mas sai com uma vibração “deboas” com a empresa.
6) Cada pessoa tem um tempo interior
Tem gente que começa a relação tomando sorvete no parque e tem gente que já quer se casar logo. Cada pessoa tem seu tempo interior para isso e qualquer outra coisa. Se a pessoa está insegura sobre você, este não é um bom momento de pedi-la em casamento porque ela não quer ou não está pronta para levar a relação adiante.
É a mesma coisa no processo de vendas. Se você oferece um apartamento para alguém comprar e pessoa parece querer, mas estar insegura, tudo que ela não quer ouvir de você é para ela comprar o apartamento. O imperativo não passa a segurança necessária para o cliente.
Claro que a base disso é você ter um bom produto. Se o que você oferece é um embuste não adianta, mas se há um produto legal e as pessoas não o adquirem é, provavelmente, porque elas esperam garantias do que estão adquirindo.
O conteúdo rico respeita esse tempo, identifica perfis de púbico e avança a relação quando o cliente for mais apressadinho e dá passos mais lentos quando o cliente sinalizar um afastamento maior. A empresa pode oferecer tanto o “sorvete no parque” como a “aliança” e ir construindo uma relação focada em atender o cliente para que o oferecido se torne algo transformador (ainda que pequeno) em sua vida.